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segunda-feira, 14 de março de 2011

um poema



EPÍGRAFE


poema de


EUGÉNIO DE CASTRO








Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...


Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...






(in «Antologia», Introdução, Selecção e bibliografia de Albano Martins, Imprensa-Nacional Casa da Moeda,
Lisboa, 1987)







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