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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

a mais vil de todas as necessidades...






Coloco um texto de Fernando Pessoa, de O Livro do Desassossego, o qual pretendo seguir de agora em diante.  Que seja meu propósito para o Ano Novo:

349.
A mais vil de todas as necessidades - a da confidência, a da confissão. É a necessidade da alma de ser exterior.

Confessa, sim; mas confessa o que não sentes. Livra a tua alma, sim, do peso dos seus segredos, dizendo-os, mas ainda bem que os segredos que digas, nunca os tenhas tido. Mente a ti próprio antes de dizeres essa verdade. Exprimir é sempre errar. Sê consciente: exprimir seja, para ti, mentir.


Muitos já vivem isso. Não é possivel que haja tanta gente feliz! Agora será a minha vez! Conseguirei, com certeza!!!

Só o Fernando Pessoa me entenderia hoje, mas ele já morreu!!!

sábado, 29 de dezembro de 2012

o tamanho da cruz





Não me lembro se já escrevi sobre isso aqui no blog.

Um dia fui a um Tarólogo que também é meu amigo, e no final da consulta, ele já me acompanhando até o elevador, queixei-me de que sinto que minha cruz às vezes é pesada demais e tenho a sensação de não poder carregá-la. Naquela época eu vinha passando por uma série de contratempos que me deixaram desenergizada e com um alto nível de estresse. Ele olhou-me com um ar complacente, de quem tem vontade de ajudar e contou-me uma historinha, que até hoje serve-me de motivação para não me queixar da vida, apesar de meus desabafos eventuais, coisa que faço geralmente no blog, para não perturbar muito o dia a dia dos meus parentes e amigos.

Contou-me ele que um homem, já cansado de tanto sofrimento, sem forças para tocar a vida, ao se deitar uma noite, pediu a Jesus que o fizesse sonhar com um remédio para curar seu mal. Eis que ao acordar o homem lembrou-se do sonho, que era mais ou menos assim:  estava ele frente a frente com Jesus, a quem  contou seus problemas. Jesus disse: siga-me que quero mostrar-lhe uma coisa. Encaminhou o homem a um grande depósito, onde havia uma porta de entrada que foi aberta para que os dois passassem. O homem ficou estarrecido com o que viu: cruzes de todos os tamanhos e materiais se empilhavam pelas paredes e muitas pelo chão. Algumas eram muito grandes, outras um pouco menores e Jesus disse: faça como desejar. Se quiser trocar sua cruz por qualquer uma outra dessas, farei com que sua vontade seja satisfeita. O homem olhou, examinou e avaliou se iria valer a pena, já que todas pareciam pesadas também. Finalmente já iam saindo quando o homem teve a idéia de olhar atrás da porta que foi aberta quando eles chegaram, e viu uma cruz bem pequena, que parecia fácil de levar. Ele imediatamente apontou aquela cruz e disse a Jesus: quero aquela!!! Jesus olhou para o homem e falou: mas essa é a sua cruz!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL AOS QUE ME VISITAM!






A todos os que têm visitado meu blog e aos tantos que têm paciência de ler os textos, deixo aqui meus votos de um FELIZ NATAL!
Passei este Natal na Santa Paz de Deus, sem contratempos,na companhia dos meus filhos e até a ceia que preparei ficou muito gostosa. Senti uma harmonia grande entre nós e agradeço aos céus por ter dois filhos que só me fazem ver que apesar de tudo, minha vida tem sido abençoada e valiosa!

RECORDAR É VIVER...PRA QUE?

Resultado de imagem para RECORDAÇÕES







Acabei de ter um insight: a razão pela qual as pessoas idosas são mais depressivas e tristes é que - não há como evitar - têm lembranças de toda uma vida e nisso estão incluidos os que já se foram, as pessoas queridas, com as quais não podemos mais rir, nos divertir, conversar. Sobra o presente que nem sempre é um tempo de verbo agradável para quem é idoso. Há as dores e doenças da idade, que procuramos disfarçar com remédios e boa vontade, há até os que se apegam a alguma religião, na esperança que isso lhes dê algum alento, mas a verdade é que na solidão dos dias e noites, nosso pensamento está sempre voltado aos entes queridos que já se foram e isso faz com que a morte não se nos afigure tão trágica assim, se pensarmos que até pode ser que iremos celebrar o encontro com todas as pessoas amadas que já se foram.


Todo final de ano é a mesma xaropada: a minha alma fica sensível como um nervo exposto e começo a sentir coisas que deveria deixar bem escondidas num canto. Isso não ajuda em nada!

sábado, 22 de dezembro de 2012

O PIANO






Ia descansar um pouco depois do almoço, mas uma lembrança me veio à memória, talvez estimulada pela bela música que ouço agora da cama, lá no computador. Minha música predileta está no site  http://www.sky.fm/play/mellowjazz e nem preciso mais gravar músicas. Ali há o que mais aprecio.


Veio-me à memória um fato que talvez explique porque não dei continuidade ao meu talento para música. Sou afinadíssima, toco qualquer música com a mão direita, ou  seja, o solo, mas na hora do acompanhamento me falta o estudo. Acabei não dando continuação ao estudo da música e o fato que vou narrar explica em parte porque foi assim.


Ainda criança (ao redor de 8 anos de idade) eu sonhava em ter um piano e o orçamento doméstico não me permitia sonhar alto. Acabei ganhando afinal um piano pequeno, de madeira clara, lindinho, que foi colocado na sala de visitas e eu nem dormia direito pensando na hora em que iria sentar-me no banquinho que acompanhava o instrumento e iniciar minhas aventuras musicais.


Um dia, ou melhor, foi uma noite...recebemos a visita de uns amigos de meus pais que tinham dois filhos. O mais novo deles (para mim até hoje, é a figura do próprio capeta encarnado) resolveu experimentar as teclas do meu querido pianinho. Tanto fez que conseguiu quebrá-lo. Batucou como um desgraçado, e ao sair da nossa casa eu vi que as teclas estavam empenadas, ou seja, ele destruiu o teclado.


Meus pais não reagiram como eu desejava. Deveriam ter pedido aos pais dele que  providenciassem o conserto.Em resumo, depois daquela noite fatídica fiquei sem o piano, que se tornou um móvel sem utilidade na sala e foi logo mandado ao lixo, se não me engano. Algo em meu cérebro se nega a recordar o que foi feito dele, e até hoje não perdoo meus pais pela displicência com que trataram o caso.


Como vocês podem ver aqui no meu blog, tenho muitas mágoas e ressentimentos mal resolvidos em relação a alguns eventos da minha vida e não resta outra coisa além de comentar sobre eles.


Tempos depois ganhei um violão do meu querido avô, no qual aprendi sozinha a tocar muitas músicas, cheguei até a solar algumas, e muitos anos depois, nos primeiros dias de casada,  fiz uma demonstração de meu talento ao hoje ex-marido, solando "besa me mucho". A reação dele foi zero: ouviu a música e não disse uma só palavra ao final da apresentação. Resultado: guardei o violão no fundo do baú e nunca mais toquei nada. Ficaram os cadernos (que tenho até hoje) e uma grande mágoa por não ter sido incentivada nos meus pendores musicais.


Hoje me contento em ouvir (enquanto a natureza não me deixa surda) e curtir a música aqui no meu computador. Não me arrisco a aprender novamente, temerosa de que alguém me corte a onda.


Sempre houve alguém interferindo nos meus maiores sonhos, de maneira a impedir que se tornassem realidade. O que será isso?


Não possuia a força de bater de frente com a autoridade, e hoje vejo que isso só me prejudicou. Observo crianças rebeldes e desaforadas, (não me refiro às mimadas, que abomino) que enfrentam pais e professores para defenderem um sonho, por mais absurdo que seja,  e as invejo de coração!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SOU FEITA DE MATERIAL IMPRÓPRIO PARA RESISTIR AO MUNDO



http://photo.net/


Marcou-me a ferro e fogo um evento acontecido na infância, entre tantos outros, quando ao defender minha irmãzinha, na época com 4 ou 5 anos de idade (eu com 14 ou 15), dei um safanão no braço da amiguinha dela, (da mesma idade de minha irmãzinha) que havia lhe dado um tapa no rosto. Isso foi muito rápido, nem pensei no que fiz, pois senti uma dor grande ao ver a marca vermelha no rostinho tão lindo daquela querida irmã, que viria a morrer tragicamente aos 19 anos.

Pouco depois de chegar em casa, vi que minha mãe recebeu a "visita" da mãe da garota, se queixando de que eu, uma grandalhona, devia ter vergonha de atacar uma criancinha. Escondida no quarto e chorando de medo e vergonha por ter feito aquilo, só esperava pela bronca que viria.

Veio mais. Veio o que eu nunca perdoei na minha mãe. Ela me forçou a ir até a casa da vizinha e pedir desculpas à mãe da garota. Fui num estado de espírito difícil, diria impossível  de ser descrito: um misto de ódio, humilhação e raiva de ter que me submeter a algo que achava injusto. Senti que não iria conseguir desempenhar a tarefa solicitada.  Percebo hoje, mas não na época em que ocorreu o fato, que eu era dotada de uma grande timidez. Ser exposta e ainda ter que balbuciar a palavra "desculpa", sem sentir isso dentro do coração, foi uma das coisas mais estúpidas que me aconteceram.

Há muitas formas de se conseguir as coisas de uma pessoa. Nunca forçá-las no ponto em que se sabe que a pessoa vai ser violentada. Senti-me violentada, acreditem. Nunca mais consegui tolerar autoridade. Depois daquele dia o mundo ficou mais feio. A lição de moral que minha mãe tentou me dar, fracassou totalmente.

Será que isso me deixou arredia a ponto de ter dificuldades em lidar com crianças? Quando vejo uma criança sofrer maus tratos ou injustiça, fico num estado de paralisia mental, não consigo me mexer. Se eu agir pode ser que caia de pau na pessoa que fez sofrer uma criança.

domingo, 16 de dezembro de 2012

como superar essa dor?








O que fazer com a dor de perder um filho, uma filha, como aconteceu no massacre de Connecticut? Estou muito abalada com o depoimento de um pai, cuja filhinha, Emilie, morreu nesse massacre. A dor desse homem passou de uma forma tão vívida pela tela de minha TV, que me deixou acabada nesse domingo. O rosto, a expressão dele, a maneira como falou da filhinha, como se ainda estivesse viva em alguns momentos, deixou-me comovida.  Já passei por uma grande perda, e sei o que se sente. Fica-se num estado indescritível, onde nem sabemos de onde vem a força para falar sobre o assunto que nos assola a alma.


Estou me solidarizando com todas essas famílias, cuja dor é um pouco minha também. Peço que tenham muita força nesse momento, e que atravessem esse caminho espinhoso com muita paz e esperança de que em suas almas chegue algum conforto espiritual, pois nada nem ninguém podem substituir a perda de um filho ou uma filha.
 Abaixo reportagem de hoje em notícia de jornal sobre o caso que me comoveu bastante e que foi motivo deste post.

O pai de uma das meninas mortas no massacre de uma escola primária no Estado americano de Connecticut na última sexta-feira contou que teve a última conversa com a filha em português.
"Ela me disse 'Bom dia' e perguntou como eu estava. Eu disse que eu estava bem", disse neste sábado Robbie Parker, de 30 anos, que perdeu sua filha Emilie, de seis anos, na tragédia.
Em lágrimas, Parker contou a jornalistas que estava ensinando o idioma à menina.
Ele acrescentou que Emilie também lhe disse "Eu te amo" em português, e os dois se beijaram antes de saírem de casa rumo à escola na manhã da última sexta-feira.
Parker acrescentou que a filha era uma "artista excepcional" em fazer cartões e desenhos para pessoas que precisassem de conforto.
"Ela sempre tinha uma palavra doce para confortar todo mundo", disse.
Segundo Parker, sua filha, se estivesse viva, seria uma das primeiras pessoas a tentar ajudar os familiares das vítimas.
Ele agradeceu a todos que lhe ofereceram condolências e também lamentou o sofrimento dos parentes do atirador, identificado como Adam Lanza.
"Não posso imaginar o quão difícil deve estar sendo para vocês", afirmou Parker, referindo-se à família do autor dos disparos.
Parker disse ainda que Emilie era a "melhor amiga" de suas duas irmãs mais novas, e que ela estaria ensinado as meninas a ler.
"Elas sempre pediam ajuda de Emilie quando precisavam de conforto", contou. "Era tão bonito ver essa atitude...como elas recorriam a irmã para procurar apoio, além de beijos e abraços".
 

sábado, 8 de dezembro de 2012

A CORAGEM DE ENXERGAR O QUE É NECESSÁRIO!






Posso até dispensar uma amizade, o que não consigo aceitar é falta de lealdade.


Tive que colocar às claras o assunto que me incomodava toda a vez que dele me lembrava, e foi bom. Foi muito bom!


Preciso tirar as pessoas de quem gosto muito, do pedestal em que as coloco. Ninguém é tão especial assim. Somos todos humanos, Mas uma coisa que não consigo digerir é deslealdade, pouco caso. Como não sei pagar com a mesma moeda, resolvo a questão de outra forma. Continuo querendo bem, não alimento qualquer desejo negativo (seja de vingança, raiva, etc.). Apenas atenuo a importância da pessoa em meu coração, ou seja, ela se torna tão importante quanto qualquer outra.


E descobri que quando faço isso não sofro por tê-lo feito. Só fico um pouco triste comigo mesma por ser tão ingênua e achar que os outros possam me ter em consideração como os tenho.


Para mim amizade é coisa sagrada. Mas descobri outra coisa: sagrada não é a pessoa, sagrada é a amizade! Às vezes até os amigos têm que ser reciclados, trocados por outros. Porque o que interessa é o valor da amizade mais do que permanecer com uma pessoa por hábito (já é sua amiga há tantos anos...) e deixar de ver a realidade que está bem à sua frente.


Como é bom aprender! Melhor ainda é aprender sem sofrer, apenas pela reflexão, pelo discernimento.


Hoje lembrei-me daquele ditado, não sei quem é o autor: "perco o amigo mas não perco a piada".


Pois é: eu perco o amigo mas não perco a lealdade para comigo, não perco os nobres valores que cultivei no coração a duras penas...não dou aos outros o direito de os destruirem!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CONSULTA AOS MESTRES




Não posso mudar algumas coisas, como: o lugar onde nasci e vivo, pois é aqui que teci a malha de minha vida, onde está a minúscula família a que tive direito. Mas posso alterar meus pontos de frequência. Difícil encontrar algo de boa qualidade na cidade onde moro, mas acredito que as possibilidades são grandes para o campo invisível, a fonte de onde partem as soluções para as situações mais embaralhadas e aparentemente sem solução.Preciso consultar meus orientadores espirituais para que me indiquem uma forma de viver na qual eu consiga ficar à parte dessa mediocridade que vejo no mundo que me rodeia.
Tenho tolerado com ânimo forte uma série de coisas que há alguns anos não toleraria. Hoje penso que ficar inventando formas de me afastar daquilo que me perturba é como ficar dando voltas no próprio rabo. Não resulta em nada mais que um intenso estresse.
Tenho dois motivos importantíssimos para não esmorecer: meus dois filhos! A eles sou capaz de oferecer o que de melhor posso e tenho e renunciar às aparentes maneiras de se viver uma vida mais distante das mazelas de uma cidade onde o que tem sucesso é tudo o que derive de um nivel de vida ao qual eu não me acostumarei nunca. Isso está no meu DNA. Minha mãe tinha o mesmo problema. Chamem de depressão ou como queiram (não tomo e nunca me anestesiarei com anti-depressivos), eu tenho um entusiasmo pela vida que só não é maior porque é vivido sozinho. Sou responsável por tudo o que diz respeito à minha vida particular, pago minhas contas, faço as compras, arrumo e limpo o ambiente em que vivo, estou sempre em busca de melhorar aspectos da vida que podem ser melhorados (tanto no campo material como metafísico) e posso dizer que faço minha parte com maestria (até os remédios são tomados nas horas devidas, sem esquecimento).
Meu defeito é não ter conseguido apertar a tecla "f..."  Sinto o efeito perverso de quem me rodeia, às vezes pessoas a quem nunca tratei mal querendo me prejudicar. Procuro me dessensibilizar no trato com os humanos, já que não posso prever quando e com que força virá a próxima patada.
Tenho casos para contar que encheriam um livro, apenas de pessoas que ferem por ferir...nem vou procurar descobrir qual a intenção delas.
Hoje estou me sentindo como muitas vezes meus irmãos de alma ( Pessoa, Kafka e Clarice): uma certeza da inadequação a este mundo.

Mas isso passa, afinal não sou um ET, preciso aprender a viver feliz aqui, que é onde me colocaram.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

OFERENDA AO SER SUPERIOR


Divulgação

A MENOR MOEDA DO MUNDO (0,5 CM DE DIÂMETRO) FONTE: FOLHA ON-LINE



Limpando os banheiros, exatamente no momento em que estava passando um pano no vidro do box, veio-me um pensamento: como devo fazer as coisas? Caprichando em cada movimento que faço? Fazendo tudo + ou - contanto que fique apresentável? Colocando uma intenção em cada ato, oferecendo ao Ser Superior, na esperança de que do outro lado haja um "banco de créditos e débitos" e que não custa fazer depósitos intencionais a favor deste Banco Divino, pois não sabemos se contam pontos em nossa jornada? 

Há algo em mim que custa a crer que tem o mesmo saldo nesse Banco  Metafísico quem é relaxado e vai levando a vida como um sem-teto, quem não dá valor às coisas que por empréstimo passaram a fazer parte de sua vida, seu conforto, tornando a existência menos penosa, e o sujeito que sente gratidão por pequenos favores, aquele que cuida com carinho daquele mínimo que lhe foi possível adquirir.

Quem entrou numa casa simples, no interior, e viu aquele piso lustroso feito de "vermelhão", as panelas brilhando, penduradas numa prateleira da cozinha, tudo cheirando a limpeza, será que não pensou que essa pessoa é grata ao Poder Supremo, será que não filosofou sobre a diferença de trato que há entre essa humilde pessoa (rica de alma) e o sujeito que nem olha para o que adquiriu com facilidade, ao entrar em sua residência decorada com luxo, achando que isso é o mínimo que poderia lhe dar condições de viver dignamente?

Depois de limpar o vidro do box pensei que tudo é uma questão de conscientizar-se do fato e nesse exato momento já temos uma responsabilidade sobre ele. 

Decidi caprichar em tudo. Sempre que puder vou fazer as coisas e oferecer meu esforço físico em nome de algo menos material, em nome de quem criou este universo, em nome de quem me colocou nele.
É uma questão de confiança. Tenho que confiar em algo dessa natureza, já que confiar no ser humano está se tornando uma tarefa cada vez mais inglória!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

IMITAÇÃO DE UM CRIME ou A BRUXA ESTACIONOU A VASSOURA NA MINHA COZINHA...





Ainda estou perplexa com tanta coisa acontecendo na hora do rush na minha cozinha.
Preparava o almoço normalmente e eis que, ao abrir a porta da geladeira (ai, por que eu comprei uma MABE?) o suporte que sustenta as garrafas da prateleira de baixo da porta da dita cuja, simplesmente soltou-se do encaixe e o resultado foi:

uma garrafa de vinho tinto (cheia)
uma garrafa de 2 litros de suco de uva (cheia)
um vidro de queijo parmezão camanducaia
um vidro de fermento biológico seco

Além do prejuizo (que nem vou calcular) a cena foi patética. O "sangue" inundou a cozinha inteira e sobrou boa parte que passou por baixo da porta e foi parar no hall do andar. A cor era típica daqueles crimes hediondos, onde a vítima morre com várias facadas desferidas sem piedade. Quase chamei uma rede de televisão para filmar a cena e aproveitar em algum programa de crime. Mas decidi parar de pensar bobagens e botar mãos à obra. Era vidro quebrado por todo o lado, de todos os tamanhos e formatos. O fermento virou uma pasta grudenta, fácil de ser confundida com massa de reboco. O queijo sumiu em meio a tanta desgraça, coitado. Fiquei exatamente 30 minutos até conseguir limpar tudo, achando que hoje preciso tomar cuidado com  o que decida fazer. A bruxa estava solta, vai ver queria filar o almoço e não havia sido convidada. Vingou-se direitinho!!!

sábado, 24 de novembro de 2012

descobrindo a diferença


















Após uma longa conversa telefônica com uma amiga que considero inteligentíssima, descobri que o que eu pensava ser "carência" numa amiga em comum não é mais que "manipulação". Interessante foi que ao fazer uma retrospectiva do comportamento dessa amiga em comum, percebi que ela se comporta como se precisasse do afeto e atenção de todos, até de pessoas que ela conheceu um dia antes. Seu comportamento é do tipo "grude", com muitos bejinhos e abraços distribuídos com generosidade.

Nunca  consegui esse tipo de coisa. Sou reservadíssima, passo talvez até por anti-social, mas preciso de um tempo para dar um abraço em alguém, até os dois bejinhos convencionais eu dispenso na maioria das situações. Adoro a forma de os orientais se cumprimentarem, um em frente ao outro, fazendo uma leve flexão do corpo. Nada mais respeitoso e saudável. Mas isso não quer dizer que não goste de um bom abraço de quem já sou íntima. De quem me traz uma energia gostosa, do tipo "bem-querer".

Mas voltando à conversa ao telefone com a amiga inteligente, ela disse, referindo-se à nossa amiga em comum, que se ela ficar sem companhia,  faz como a cobra: continua seu caminho, carregando seu veneno, que será destilado na próxima oportunidade de manipular alguém.

Aprendi mais uma hoje: nem sempre carência é carência. Às vezes é pura manipulação!


domingo, 18 de novembro de 2012

filosofando num domingo






Para se viver com consciência presente é preciso que dispensemos 99% das coisas que fazemos automaticamente, que acabam sendo atividades criadas pela mente para disfarçar aquele vazio que fica.  As atividades necessárias à sobrevivência (fazer compras de alimentos e artigos de primeira necessidade, etc) devem continuar, mas isso nunca impediu que a alma siga sozinha, matutando em como essa vida é sem sentido. Ainda por cima nos deixa um resíduo de desejo por companhia, por compartilhar, que mais atrapalha do que ajuda. Explico porque: geralmente as companhias nos servem como analgésicos, que nos tiram a dor de viver, momentaneamente, porque nesses breves momentos, nos esquecemos de mergulhar em nós mesmos e perceber que o tédio está lá, sentadinho, à espera de que fiquemos sós novamente e ainda por cima  isso não significa que sejam as companhias solução para o tédio de existir. 

Mudei de endereço mas não mudei de alma. Continuo pedindo aos céus que me tire a vontade de ter companhia, já que estou ficando cada dia mas transparente. O caso da mesinha de fórmica, que coloquei no blog ontem, foi a prova viva de que se eu tivesse 25 anos de idade até o porteiro do prédio teria se prontificado a dar um jeito e aparafusar a mesa. Mas ele disse (porque já passei da idade de atrair pelo físico) que estava sozinho na portaria e o zelador não estava no momento. 

Por essas razões gostaria de virar vento. Não precisar de mais nada, apenas ventar pra lá e pra cá, sem depender de ninguém. Esse meu temperamento não combina com a idade avançada, quando ficamos cada dia mais dependentes dos outros. Só que não quero perturbar a paz das pessoas. Todos têm muito o que fazer, e quando estão em seu horário de lazer não devem ser importunados com uma senhora que tem uma mesa problemática. Portanto amanhã vou à loja onde a comprei e eles darão um jeito. Acabo sempre resolvendo os problemas da forma mais racional. Emoções são para quem tem cacife. Eu não pago o preço de parecer uma pessoa inconveniente e alvo de críticas. Talvez não esteja preparada para viver como a maioria. Mas sei o que já vivi, o que já apanhei, e descobri que para mim a vida nunca foi nem será doce. Já fui taxada de ingênua, por acreditar demais nos outros. Hoje acredito em mim e nas minhas intuições maravilhosas. Não tenho me decepcionado comigo. No fundo isso é o que importa. No fundo.

sábado, 17 de novembro de 2012

tomei um olé de uma simples mesinha!






Imaginem uma mesinha retangular dobrável, que ao se desdobrar vira quadrada. De fórmica branca, vem numa caixa de papelão, juntamente com as pernas, em outra caixa mais estreita. 

Na hora em que a comprei hoje, não percebi o drama: teria que montar em casa, claro! Trouxe-a no carro e depois do almoço encarei a montagem. 

Primeiro preciso explicar que tenho verdadeira ojeriza de qualquer serviço doméstico que exija mão de obra maior que trocar uma lâmpada. E essa mesinha, aparentemente tão inocente, me deu um baile...

A situação dela no momento é que está no branco traseiro do meu carro, aguardando até que eu encontre alguém com força para acabar de aparafusar os 16 parafusos que ficaram a meio caminho.
Fiz uma burrada daquelas: comecei a aparafusar o primeiro pé (cada pé leva 4 parafusos) e só percebi que estava fazendo isso no tampo da mesa (na parte inferior,claro), sem perceber que havia um suporte de madeira colado no local exatamente para essa finalidade: aguentar o aparafusamento sem danificar o tampo da mesa. Não preciso dizer que já estraguei a superfície lisa e branquinha de minha mesinha tão procurada e desejada! Já está com uma protuberância que mais parece um furúnculo, varíola ou qualquer doença de pele, numa pele branca e lisa.
Quase chorei de raiva e incompetência, burrice e teimosia. Poderia segurar a ansiedade e pedir ao primeiro homem que aparecesse na minha frente para terminar o processo de aparafusar, já que metade do serviço foi feito. Acontece que eu não tenho mais força para trabalhar com a chave philips, que de tanto eu girar acabou por tirar um pedaço de pele da palma da minha mão, do tamanho de uma moeda de 5 centavos. 

E cá estou eu a me queixar no blog, já que não há alguém disponível para ouvir meus lamentos.
E amanhã tomarei o café da manhã novamente na sala, o que estava fora dos meus planos.

É parecida com a da foto, que peguei na internet, só que a minha é mais bonitinha. Que humilhação tomar um olé de uma simples mesinha de fórmica branca!!!

sábado, 10 de novembro de 2012

FINAL DOS TEMPOS ou COMO COZINHAR CARANGUEJOS


O mundo está ficando tão moderno que eu não consigo acompanhar o ritmo e entender porque é preciso tanta coisa de menor importância. Ao mesmo tempo percebo que pode ser para as indústrias faturarem mais às nossas custas. Agora na TV deu a notícia de que inventaram uma roupa que dá sinais quando o bebê está desconfortável. Não dá para acreditar que chegamos a esse ponto! Fica tudo meio robotizado, tudo por conta da tecnologia, quando o que um bebê mais precisa é do carinho e abraço da mãe. A ausência da mãe está começando a ser substituída pela roupa que "dá sinais", isso para mim é o final dos tempos. A não ser que os bebês já estejam nascendo sem a primordial necessidade de serem acarinhados, abraçados, não consigo entender a que o ser humano está se reduzindo: a um robô. E a robô-mãe deve estar saltitando no serviço para dar conta do recado, pois ao chegar em casa há mais serviço esperando. Por maiores que sejam as modernidades tecnológicas, ainda há muito o que fazer usando o trabalho braçal em casa. E principalmente no Brasil, também há uma resistência por parte dos homens a dividirem 1/2 a 1/2 as tarefas. Geralmente eles conseguem um tempo de relax que já está sub-entendido desde o término da lua de mel e início da rotina de casados. Culpa de quem? De ninguém. Há uma força coletiva muito poderosa que não deixa de atuar e infelizmente está desumanizando o ser humano aos poucos. 

É como fazem ao cozinhar caranguejo. Colocam o bicho em um caldeirão de água fria, acendem o fogo e aos poucos - bem aos poucos - ele vai ficando vermelho e quando se vê já está cozido e mortinho da silva. Tudo muito sutil...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SERÁ QUE O FACE BOOK ESTRAGOU TAMBÉM COM AS AMIZADES ?

Agora mesmo fui conferir se meu telefone está com linha. É incrível como recebo pouquíssimas ligações. Aqui não incluo meus filhos, que além da presença física algumas vezes na semana, também telefonam para saber se está tudo bem.

Estou me referindo às "amigas". Ah! isso é um caso à parte, que daria bela dissertação. Mas não vou usar o espaço para grandes filosofias. Há algum tempo decidi esperar ser procurada, e já comentei aqui no blog esse fato. É que era sempre eu que ligava para saber notícias, bater um papo, saber se as coisas estavam bem, etc. Tive zero de retorno depois que resolvi parar de tomar a iniciativa.

O mais estranho é agora que mudei-me para novo endereço e mandei um email com  rua, número, bairro, enfim, tudo explicado e convidando para darem um pulo aqui e tomarem um café comigo, embora as coisas ainda não estivessem arrumadas como eu gostaria. Bem, até agora NADA!. Uma delas ameaçou, mas encontrando-se comigo um dia disse que não achou a rua.Isso que ela mora na cidade desde que nasceu e a rua onde estou agora é super conhecida no bairro. A outra nem por curiosidade deu um alô ou um pulinho até aqui. Sabe o que acho? As amizades estão sofrendo da síndrome do face book.Tudo pode ser resolvido superficialmente, para que cultivar sentimentos mais profundos se a um toque do dedo sabemos de todas as futilidades que andam acontecendo, qual o esmalte da moda, qual o cachorrinho "mais fofinho", qual o site de auto-ajuda mais "espetacular"... 

Não sei se eu sou lúcida demais, pois vejo as coisas como são e não fico ofendida nem magoada. Apenas constato, para uma finalidade que ao final das contas, vai servir melhor a mim que aos outros. Não ter expectativa alguma sobre nada ou ninguém, mas também não eleger mais ninguém como AMIGA VERDADEIRA. Isso de amizade é relativo. Acho que as duas mais chegadas a mim,que ainda não vieram conhecer a "new residence", estão esperando meu aniversário para aparecer e comer a famosa torta de nozes que sempre acabo fazendo nesse dia. Só que dessa vez o plano será outro.

Quem vier vai ter que dar meia volta e passar na doceria, mas torta igual àquela não vão encontrar, tenho certeza! Olha a foto dela aí.





sábado, 20 de outubro de 2012

A ALMA DAS COISAS






O que será essa sensação de que as coisas, depois de algum tempo comigo, podem ter criado uma alminha? Sinto gratidão por terem me servido por tanto tempo, que na hora de ter que me desfazer delas penso que seria necessário um ritual de agradecimento por terem me feito companhia.
Não pensem que sou como os "acumuladores" de um programa de TV, que vão juntando coisas a ponto de não terem lugar por onde transitarem dentro de suas casas. Ao contrário: sou do tipo que gosta de tudo "clean", quanto menos tranqueira, melhor.

Acontece que dentro de alguns dias vou mudar de apartamento e já comecei a encaixar as coisas. Podia pegar 50% do que tenho e simplesmente jogar no lixo, pois adoro ter poucas coisas, mas detesto precisar de uma chave de fenda, por exemplo, e ter que sair correndo para comprar uma de última hora.

Como decidir se uma coisa está velha e precisa ser substituída, se ela ainda me serve tão bem? Resolvi telefonar para uma entidade assistencial e sem pensar muito avisei que vou doar um dos meus sofás (o maior) e uma estante de PC dos primórdios da Evolukit.

Será que um pouco da energia da gente não fica impregnada nessas coisas que nos acompanham e essa é a razão por achar estúpido simplesmente descartar tudo o que está ficando velho?

 A verdade é que não sei decidir quando uma coisa está velha, já que sou cuidadosa e a conservo em perfeito estado. Não sou, decididamente, consumista. Acho insano ir trocando 6 por 1/2 dúzia só porque é mais "moderninho". E ao mesmo tempo invejo quem não tem o mínimo escrúpulo em se desfazer de toneladas de tranqueiras.

Meu apartamento é pequeno, tenho o mínimo de móveis mas há coisas que me incomodam e que estão me deixando biruta nesses dias. Vou ter que me desfazer de meus LP's que amo, mas para ouvi-los precisaria comprar um toca-discos. Talvez o faça. Os livros estão todos garantidos de me acompanharem até meus últimos dias. Esses são seres sagrados, nem se discute sobre doá-los ou vendê-los. Seria um crime cruel demais.

Mas o que dizer de uma lixeirinha de pia que está perfeita, e só porque a vejo todos os dias enjoei e quero comprar outra? Lá se vai mais lixo reciclável para poluir ainda mais o paneta.

Bem, esse papo ainda iria longe, mas vou ficar por aqui, pois preciso caminhar e ao mesmo tempo refletir mais sobre a "alma das coisas"... 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

minha montanha russa








Ultimamente estou numa montanha russa em câmera lenta (se é que dá para entender o que quero dizer). Na parte da manhã a cadeirinha me leva para baixo. Começa essa jornada assim que tiro os pés da cama e os coloco no chão. Na parte da tarde ela já engata outra marcha e começa a subir (tudo em câmara lenta, que é pra deixar bem claro que não estão incluídas emoções fortes, como euforia ou medo).O máximo que acontece é um marejamento nos olhos, já que estou numa fase de sensibilidade à flor da pele, pronta para trabalhar em qualquer novela onde não seria problema algum chorar na hora em que fosse necessário.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BONITINHA DE LONGE...









Cansada de ficar em casa nos finais de semana e feriados por falta de programas agradáveis na cidade onde moro, por sugestão de alguém resolvi dar um "rolê" na av. Paulista. Pegaria o trem, desceria na estação Tamanduateí e em seguida o metrô para a estação Trianon-Masp.
Saí de casa e fui a pé até a estação do trem, logo depois do café da manhã. Ao chegar ao meu destino já senti que o programa estava condenado ao fracasso. Não sei se só eu tenho essa impressão, mas a av. Paulista me pareceu em estado de decomposição. Suja, feia, relaxada...
As pessoas que passeavam pelas calçadas (afinal hoje é feriado) não conseguiam desacelerar o passo apressado que costumam usar nos dias úteis. Acho que já não sabem relaxar. Não se lembram do que significa a palavra "passear". Vi muitos casais, o desfile de gays era notório, e as poucas pessoas que estavam sozinhas não desgrudavam do celular. Acredito que mais de 50% dos jovens estavam conectados com o celular, nem olhavam para os lados, seguiam de cabeça baixa falando sozinhos (quer dizer, com alguém na linha). Senti claramente que cada um está no seu mundo fechado, não existe uma centelha de compartilhamento, solidariedade, enfim, se alguém caísse morto na calçada, talvez muitos seguissem seu caminho sem olhar para trás. A av.Paulista está decadente, feia, inóspita, e posso elegê-la um dos lugares mais desagradáveis para lazer. A fila do MASP para ver as obras de Caravaggio parecia uma sucuri humana, no mínimo 200 m e as pessoas parece que não se importam de passar horas esperando sua vez. Gente, o que é isso? Procurei o que queria, não achei e decidi voltar para casa a tempo de almoçar no refrescante e aconchegante pequeno apartamento onde moro.
 Av. Paulista, NUNCA MAIS!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sonho com monges










      Sonhei muito essa noite. Apenas uma fração desse sonho, cheio de histórias diferentes, quero deixar registrada aqui, pois é a parte que ficou nítida na minha memória depois que acordei:
      eu morava numa casa onde havia, num quarto, uma pequena caixa de papelão, (parecida a uma caixa de sapatos) com 8 monges pequenos dentro. Eles eram feitos de gesso pintado de cor parda, imitando o tom de pele dos indianos, todos carecas, e logo abaixo do pescoço sua indumentária era de um pano macio, de flanela cor de rosa queimado, quase um tom de ocre. Percebia que eram usados para teatro de fantoches, em festas infantis. O mais interessante é que tinham vida. Por uma razão que não me lembro, tive que me ausentar por muito tempo e deixei os monges em sua caixinha, no quarto. Quando voltei e abri a porta, senti que estavam todos mortos, pois em vez de estarem de pé como antes, estavam deitados uns perto dos outros, já que não havia espaço suficiente na caixinha para que não se amontoassem. A surpresa foi que, quando eu entrei para ver os meus monges queridos, senti um pânico por vê-los mortos , mas ao mesmo tempo percebi que aos poucos eles foram se levantando, como que voltando à vida e isso me deixou em estado de grande alegria, uma alegria indescritível!

      Alguém sabe analisar sonhos? Eu não tenho ideia do que este pode representar.




sábado, 1 de setembro de 2012

O mar, a areia, o sol, o céu, a brisa, a maresia...



(do blog: no vazio da onda)

Estou precisando urgentemente do mar. Sentir o cheiro da maresia, pisar na areia, receber o spray das ondas no rosto, tudo isso me faz um bem enorme. Sou santista, não nego. Minha energia vem do mar e eu tenho sido omissa em me dar mais vezes esse presente tão generoso da natureza. E dizer que vou a Santos ao menos uma vez por mês e nem sempre vejo a cor do mar...  minha missão é outra, bem diferente: fazer companhia a uma tia idosa que fica feliz com minha presença, como criança quando ganha brinquedo novo. 

domingo, 26 de agosto de 2012

CARREGANDO PESO







A vida vai passando, passando e um dia a gente se pergunta: e se aquele cretino não tivesse sido perverso comigo na época em que eu ainda era crédula, ingênua e fazia tudo pelo outro sem medir esforços, apenas porque me dava alegria ver a pessoa feliz? E ainda tem gente que diz que você tem que perdoar....ah! faça-me o favor. Quem tem que perdoar é Deus. Isso agora é problema da pessoa. Não fui eu quem usei de maldade, falsidade, perversidade, agressividade, violência e outras ferramentas pouco nobres da natureza humana. O que posso fazer em relação à pessoa a quem me refiro é jogá-la na lata de lixo, como já fiz. Não desejo vingança, deixei o ajuste de contas a cargo do ser superior, cuja contabilidade é perfeita. Eu costumo - e isso é uma característica própria - deletar a pessoa da minha vida (tenho Vênus em Escorpião). Esqueço-a. Não sofro um pingo por causa dela. Nem desejo o mal. Que viva o que tem que viver e me deixe na santa paz.

Aliás, só me lembrei de dizer isso aqui, agora, porque cheguei do supermercado cansada, carregando compras e vendo que desde que era muito jovem, já fazia tudo sozinha, sem ajuda. Nunca fui pessoa de ter mordomias, e hoje, justamente, bateu-me um cansaço muito grande de tanto batalhar sem ajuda de ninguém.

Por isso - e só por isso - eu acredito na chance de reparo. Para tal é necessário um processo que não está claro para ninguém, mas eu simplesmente sinto que a coisa não fica sem acerto de contas.

domingo, 19 de agosto de 2012

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS






Não consigo assistir à propaganda do Médicos Sem Fronteiras. A começar pela música, muito triste, as imagens daquelas pobres criancinhas sofridas, com desencanto no olhar, é algo que me leva às lágrimas. Hoje, justamente na hora em que estava almoçando, passou a tal propaganda e tenho a impressão de que a comida que eu engolia me fazia mal, só de pensar na fome que aquelas crianças passam o tempo todo...
Definitivamente, O MUNDO NÃO É JUSTO!
Se a gente pudesse confiar que a ajuda e dinheiro seriam empregados totalmente a favor dessa causa, amanhã mesmo eu iria me inscrever. Mas depois do que eu soube do que acontece no CRIANÇA ESPERANÇA, fiquei desencantada e precisaria de maiores informações a respeito do Médicos Sem Fronteiras.