Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

OFERENDA AO SER SUPERIOR


Divulgação

A MENOR MOEDA DO MUNDO (0,5 CM DE DIÂMETRO) FONTE: FOLHA ON-LINE



Limpando os banheiros, exatamente no momento em que estava passando um pano no vidro do box, veio-me um pensamento: como devo fazer as coisas? Caprichando em cada movimento que faço? Fazendo tudo + ou - contanto que fique apresentável? Colocando uma intenção em cada ato, oferecendo ao Ser Superior, na esperança de que do outro lado haja um "banco de créditos e débitos" e que não custa fazer depósitos intencionais a favor deste Banco Divino, pois não sabemos se contam pontos em nossa jornada? 

Há algo em mim que custa a crer que tem o mesmo saldo nesse Banco  Metafísico quem é relaxado e vai levando a vida como um sem-teto, quem não dá valor às coisas que por empréstimo passaram a fazer parte de sua vida, seu conforto, tornando a existência menos penosa, e o sujeito que sente gratidão por pequenos favores, aquele que cuida com carinho daquele mínimo que lhe foi possível adquirir.

Quem entrou numa casa simples, no interior, e viu aquele piso lustroso feito de "vermelhão", as panelas brilhando, penduradas numa prateleira da cozinha, tudo cheirando a limpeza, será que não pensou que essa pessoa é grata ao Poder Supremo, será que não filosofou sobre a diferença de trato que há entre essa humilde pessoa (rica de alma) e o sujeito que nem olha para o que adquiriu com facilidade, ao entrar em sua residência decorada com luxo, achando que isso é o mínimo que poderia lhe dar condições de viver dignamente?

Depois de limpar o vidro do box pensei que tudo é uma questão de conscientizar-se do fato e nesse exato momento já temos uma responsabilidade sobre ele. 

Decidi caprichar em tudo. Sempre que puder vou fazer as coisas e oferecer meu esforço físico em nome de algo menos material, em nome de quem criou este universo, em nome de quem me colocou nele.
É uma questão de confiança. Tenho que confiar em algo dessa natureza, já que confiar no ser humano está se tornando uma tarefa cada vez mais inglória!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

IMITAÇÃO DE UM CRIME ou A BRUXA ESTACIONOU A VASSOURA NA MINHA COZINHA...





Ainda estou perplexa com tanta coisa acontecendo na hora do rush na minha cozinha.
Preparava o almoço normalmente e eis que, ao abrir a porta da geladeira (ai, por que eu comprei uma MABE?) o suporte que sustenta as garrafas da prateleira de baixo da porta da dita cuja, simplesmente soltou-se do encaixe e o resultado foi:

uma garrafa de vinho tinto (cheia)
uma garrafa de 2 litros de suco de uva (cheia)
um vidro de queijo parmezão camanducaia
um vidro de fermento biológico seco

Além do prejuizo (que nem vou calcular) a cena foi patética. O "sangue" inundou a cozinha inteira e sobrou boa parte que passou por baixo da porta e foi parar no hall do andar. A cor era típica daqueles crimes hediondos, onde a vítima morre com várias facadas desferidas sem piedade. Quase chamei uma rede de televisão para filmar a cena e aproveitar em algum programa de crime. Mas decidi parar de pensar bobagens e botar mãos à obra. Era vidro quebrado por todo o lado, de todos os tamanhos e formatos. O fermento virou uma pasta grudenta, fácil de ser confundida com massa de reboco. O queijo sumiu em meio a tanta desgraça, coitado. Fiquei exatamente 30 minutos até conseguir limpar tudo, achando que hoje preciso tomar cuidado com  o que decida fazer. A bruxa estava solta, vai ver queria filar o almoço e não havia sido convidada. Vingou-se direitinho!!!

sábado, 24 de novembro de 2012

descobrindo a diferença


















Após uma longa conversa telefônica com uma amiga que considero inteligentíssima, descobri que o que eu pensava ser "carência" numa amiga em comum não é mais que "manipulação". Interessante foi que ao fazer uma retrospectiva do comportamento dessa amiga em comum, percebi que ela se comporta como se precisasse do afeto e atenção de todos, até de pessoas que ela conheceu um dia antes. Seu comportamento é do tipo "grude", com muitos bejinhos e abraços distribuídos com generosidade.

Nunca  consegui esse tipo de coisa. Sou reservadíssima, passo talvez até por anti-social, mas preciso de um tempo para dar um abraço em alguém, até os dois bejinhos convencionais eu dispenso na maioria das situações. Adoro a forma de os orientais se cumprimentarem, um em frente ao outro, fazendo uma leve flexão do corpo. Nada mais respeitoso e saudável. Mas isso não quer dizer que não goste de um bom abraço de quem já sou íntima. De quem me traz uma energia gostosa, do tipo "bem-querer".

Mas voltando à conversa ao telefone com a amiga inteligente, ela disse, referindo-se à nossa amiga em comum, que se ela ficar sem companhia,  faz como a cobra: continua seu caminho, carregando seu veneno, que será destilado na próxima oportunidade de manipular alguém.

Aprendi mais uma hoje: nem sempre carência é carência. Às vezes é pura manipulação!


domingo, 18 de novembro de 2012

filosofando num domingo






Para se viver com consciência presente é preciso que dispensemos 99% das coisas que fazemos automaticamente, que acabam sendo atividades criadas pela mente para disfarçar aquele vazio que fica.  As atividades necessárias à sobrevivência (fazer compras de alimentos e artigos de primeira necessidade, etc) devem continuar, mas isso nunca impediu que a alma siga sozinha, matutando em como essa vida é sem sentido. Ainda por cima nos deixa um resíduo de desejo por companhia, por compartilhar, que mais atrapalha do que ajuda. Explico porque: geralmente as companhias nos servem como analgésicos, que nos tiram a dor de viver, momentaneamente, porque nesses breves momentos, nos esquecemos de mergulhar em nós mesmos e perceber que o tédio está lá, sentadinho, à espera de que fiquemos sós novamente e ainda por cima  isso não significa que sejam as companhias solução para o tédio de existir. 

Mudei de endereço mas não mudei de alma. Continuo pedindo aos céus que me tire a vontade de ter companhia, já que estou ficando cada dia mas transparente. O caso da mesinha de fórmica, que coloquei no blog ontem, foi a prova viva de que se eu tivesse 25 anos de idade até o porteiro do prédio teria se prontificado a dar um jeito e aparafusar a mesa. Mas ele disse (porque já passei da idade de atrair pelo físico) que estava sozinho na portaria e o zelador não estava no momento. 

Por essas razões gostaria de virar vento. Não precisar de mais nada, apenas ventar pra lá e pra cá, sem depender de ninguém. Esse meu temperamento não combina com a idade avançada, quando ficamos cada dia mais dependentes dos outros. Só que não quero perturbar a paz das pessoas. Todos têm muito o que fazer, e quando estão em seu horário de lazer não devem ser importunados com uma senhora que tem uma mesa problemática. Portanto amanhã vou à loja onde a comprei e eles darão um jeito. Acabo sempre resolvendo os problemas da forma mais racional. Emoções são para quem tem cacife. Eu não pago o preço de parecer uma pessoa inconveniente e alvo de críticas. Talvez não esteja preparada para viver como a maioria. Mas sei o que já vivi, o que já apanhei, e descobri que para mim a vida nunca foi nem será doce. Já fui taxada de ingênua, por acreditar demais nos outros. Hoje acredito em mim e nas minhas intuições maravilhosas. Não tenho me decepcionado comigo. No fundo isso é o que importa. No fundo.

sábado, 17 de novembro de 2012

tomei um olé de uma simples mesinha!






Imaginem uma mesinha retangular dobrável, que ao se desdobrar vira quadrada. De fórmica branca, vem numa caixa de papelão, juntamente com as pernas, em outra caixa mais estreita. 

Na hora em que a comprei hoje, não percebi o drama: teria que montar em casa, claro! Trouxe-a no carro e depois do almoço encarei a montagem. 

Primeiro preciso explicar que tenho verdadeira ojeriza de qualquer serviço doméstico que exija mão de obra maior que trocar uma lâmpada. E essa mesinha, aparentemente tão inocente, me deu um baile...

A situação dela no momento é que está no branco traseiro do meu carro, aguardando até que eu encontre alguém com força para acabar de aparafusar os 16 parafusos que ficaram a meio caminho.
Fiz uma burrada daquelas: comecei a aparafusar o primeiro pé (cada pé leva 4 parafusos) e só percebi que estava fazendo isso no tampo da mesa (na parte inferior,claro), sem perceber que havia um suporte de madeira colado no local exatamente para essa finalidade: aguentar o aparafusamento sem danificar o tampo da mesa. Não preciso dizer que já estraguei a superfície lisa e branquinha de minha mesinha tão procurada e desejada! Já está com uma protuberância que mais parece um furúnculo, varíola ou qualquer doença de pele, numa pele branca e lisa.
Quase chorei de raiva e incompetência, burrice e teimosia. Poderia segurar a ansiedade e pedir ao primeiro homem que aparecesse na minha frente para terminar o processo de aparafusar, já que metade do serviço foi feito. Acontece que eu não tenho mais força para trabalhar com a chave philips, que de tanto eu girar acabou por tirar um pedaço de pele da palma da minha mão, do tamanho de uma moeda de 5 centavos. 

E cá estou eu a me queixar no blog, já que não há alguém disponível para ouvir meus lamentos.
E amanhã tomarei o café da manhã novamente na sala, o que estava fora dos meus planos.

É parecida com a da foto, que peguei na internet, só que a minha é mais bonitinha. Que humilhação tomar um olé de uma simples mesinha de fórmica branca!!!

sábado, 10 de novembro de 2012

FINAL DOS TEMPOS ou COMO COZINHAR CARANGUEJOS


O mundo está ficando tão moderno que eu não consigo acompanhar o ritmo e entender porque é preciso tanta coisa de menor importância. Ao mesmo tempo percebo que pode ser para as indústrias faturarem mais às nossas custas. Agora na TV deu a notícia de que inventaram uma roupa que dá sinais quando o bebê está desconfortável. Não dá para acreditar que chegamos a esse ponto! Fica tudo meio robotizado, tudo por conta da tecnologia, quando o que um bebê mais precisa é do carinho e abraço da mãe. A ausência da mãe está começando a ser substituída pela roupa que "dá sinais", isso para mim é o final dos tempos. A não ser que os bebês já estejam nascendo sem a primordial necessidade de serem acarinhados, abraçados, não consigo entender a que o ser humano está se reduzindo: a um robô. E a robô-mãe deve estar saltitando no serviço para dar conta do recado, pois ao chegar em casa há mais serviço esperando. Por maiores que sejam as modernidades tecnológicas, ainda há muito o que fazer usando o trabalho braçal em casa. E principalmente no Brasil, também há uma resistência por parte dos homens a dividirem 1/2 a 1/2 as tarefas. Geralmente eles conseguem um tempo de relax que já está sub-entendido desde o término da lua de mel e início da rotina de casados. Culpa de quem? De ninguém. Há uma força coletiva muito poderosa que não deixa de atuar e infelizmente está desumanizando o ser humano aos poucos. 

É como fazem ao cozinhar caranguejo. Colocam o bicho em um caldeirão de água fria, acendem o fogo e aos poucos - bem aos poucos - ele vai ficando vermelho e quando se vê já está cozido e mortinho da silva. Tudo muito sutil...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SERÁ QUE O FACE BOOK ESTRAGOU TAMBÉM COM AS AMIZADES ?

Agora mesmo fui conferir se meu telefone está com linha. É incrível como recebo pouquíssimas ligações. Aqui não incluo meus filhos, que além da presença física algumas vezes na semana, também telefonam para saber se está tudo bem.

Estou me referindo às "amigas". Ah! isso é um caso à parte, que daria bela dissertação. Mas não vou usar o espaço para grandes filosofias. Há algum tempo decidi esperar ser procurada, e já comentei aqui no blog esse fato. É que era sempre eu que ligava para saber notícias, bater um papo, saber se as coisas estavam bem, etc. Tive zero de retorno depois que resolvi parar de tomar a iniciativa.

O mais estranho é agora que mudei-me para novo endereço e mandei um email com  rua, número, bairro, enfim, tudo explicado e convidando para darem um pulo aqui e tomarem um café comigo, embora as coisas ainda não estivessem arrumadas como eu gostaria. Bem, até agora NADA!. Uma delas ameaçou, mas encontrando-se comigo um dia disse que não achou a rua.Isso que ela mora na cidade desde que nasceu e a rua onde estou agora é super conhecida no bairro. A outra nem por curiosidade deu um alô ou um pulinho até aqui. Sabe o que acho? As amizades estão sofrendo da síndrome do face book.Tudo pode ser resolvido superficialmente, para que cultivar sentimentos mais profundos se a um toque do dedo sabemos de todas as futilidades que andam acontecendo, qual o esmalte da moda, qual o cachorrinho "mais fofinho", qual o site de auto-ajuda mais "espetacular"... 

Não sei se eu sou lúcida demais, pois vejo as coisas como são e não fico ofendida nem magoada. Apenas constato, para uma finalidade que ao final das contas, vai servir melhor a mim que aos outros. Não ter expectativa alguma sobre nada ou ninguém, mas também não eleger mais ninguém como AMIGA VERDADEIRA. Isso de amizade é relativo. Acho que as duas mais chegadas a mim,que ainda não vieram conhecer a "new residence", estão esperando meu aniversário para aparecer e comer a famosa torta de nozes que sempre acabo fazendo nesse dia. Só que dessa vez o plano será outro.

Quem vier vai ter que dar meia volta e passar na doceria, mas torta igual àquela não vão encontrar, tenho certeza! Olha a foto dela aí.