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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A mente




fonte: internet  



Refletindo sobre as funções da mente e deduzindo, por tudo o que já se falou a respeito, que é lá que se abrigam os pensamentos, percebe-se mais ainda, que os pensamentos são "o alimento" da mente. Como a lenha é o alimento de uma fornalha, os pensamentos mantém a mente sempre funcionando. 


Já observamos que para algumas funções precisamos dessa útil ferramenta: fazer contas, calcular os riscos de certos negócios, atitudes, memorizar dados, planejar o que desejamos fazer, enfim, uma série de coisas que seriam impossíveis sem o auxílio de nossa mente.

Mas o que percebo é que grande parte da humanidade já tomou conhecimento também de que a mente é geradora de infelicidade. Partindo do princípio de que ninguém busca ser infeliz, há um movimento (às vezes inconsciente) em busca de um estado de não-mente para que consigamos ter a tão almejada paz. A mente gera desejo, um atrás do outro, é como o burro correndo atrás  da cenoura. Os desejos só mudam de nome e de intensidade. Mas são a lenha dessa fogueira que não se apaga nunca.

Reparem: todas as vezes que nos sentimos perturbados, insatisfeitos, ou aborrecidos de alguma maneira, quem produz isso? A mente. 

O ideal do ser humano é atingir o estado de não-mente, que certos yoguis e mestres espiritualistas seguem com certas técnicas e às vezes passam quase toda uma vida em busca desse estado que dizem, é o nirvana, é o paraíso neste mundo.

Alguns de nós já tivemos relances de sensação de não-mente. Durante uma meditação, ou mesmo em momentos os mais inesperados. Eu mesma já fui invadida por esse breve estado de bem aventurança, que chega sem se saber porque e vai embora assim como chegou. 

O problema é que isso acontece por alguma razão que está situada  fora da mente e não temos acesso a qualquer dica de como achar o caminho de volta  até esse divino estado.

Por isso considero que a maior escravidão neste mundo é a mente. Acontece que grande parte da humanidade gosta e acha muito bom viver com ela sempre presente. Não sentem a menor necessidade de experimentar outra condição da consciência. Serão eles mais felizes? Só poderemos afirmar que sim se considerarmos que a  felicidade está na ignorância. 

Quem quer viver em toda a sua potencialidade (e já percebeu que existe mais além da mente) não se satisfaz com pouco, mas tem um alto preço a pagar. 

Aprender a lidar com a paciência e frustração de não saber o caminho é para poucos. Andamos às cegas neste mundo e quando estamos quase desistindo de tudo, eis que um relâmpago risca o céu escuro da nossa alma e percebemos que não vale a pena desistir da busca. Só não sabemos como e onde buscar...


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