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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

fiz um upgrade: andar com 3 pernas é melhor do que andar com 4...






De muletas à bengala, que diferença! Sinto-me quase normal. Agradeço a todos os que fizeram orações pedindo por minha recuperação. Agradeço às forças ocultas que me protegeram, meu anjo da guarda, os seres superiores que estão sempre respondendo às minhas preces. 

Agradeço principalmente a sorte de ter filhos que me ajudaram o tempo todo, providenciando medicamentos, injeções, alimentos, enfim, coisas que eu não poderia conseguir confinada em casa. Cada um colaborou com o que foi possível,o que mora aqui me fez companhia (pois na hora da doença as amigas ficam mais distantes, às vezes telefonam, mas telefone ainda não substitui o ser humano). Ainda que façam um telefone que transmita calor (um telefone térmico), nada como o calor humano de alguém que quer ver você bem outra vez. 

Agora é só tomar cuidado, pois não tive alta ainda. Preciso de mais 1 1/2 mês de um certo resguardo, vigiar 24h para não resvalar e botar tudo a perder. Valorizo cada pequena coisa que estou conseguindo fazer, mesmo de bengala. Minha cachorrinha só me olha com olhinhos doces como a dizer: que bom, agora podemos passear mais. Continua acompanhando meu ritmo mais lento, mas já posso levá-la à pracinha de carro. Caminhar até lá ainda me cansa muito.Tenho sorte por ela ser obediente, poder ficar solta na praça e não ir à rua.

A vida é isso: lidar com o que acontece com aceitação, fé e esperança: tudo passa....


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Não entendo e nem quero entender essa maluquice ...




imagens da internet


Estou vendo TV e apareceu uma exposição tão maluca, que estou, cada vez mais, achando que a humanidade decidiu economizar em psicanálise e investir em exposições. Essa que acabei de assistir, é baseada no número de letras do twitter, mas também em outros esquemas mais complicados, onde há pinturas misturadas a esculturas de um gosto duvidoso, mas ai de quem se atreva a achar isso maluco. Vão dizer que você está "por fora" da arte, que é mal informada, etc. Eu, que a cada dia fico mais simples na forma de ver o mundo e a vida em geral, acho perfeitamente dispensável visitar um local desses. Nem saberia o que pensar. Talvez saísse de lá com meu cérebro mais embaralhado do que uma sopa de letrinhas. Estou tão feliz em achar nas coisas mais simples grandes significados, lições para viver melhor, que pareço caminhar com um mestre sufi ao meu lado. Levo minhas bordoadas e procuro aprender com elas. Tudo muito simples. Para que gastar tanto material, tinta, papel, papelão, gesso, metal, etc. e colocar tanta loucura despudoradamente para que o outro precise participar disso? No fundo isso é um profundo exibicionismo.Se não o fosse, o pretenso artista faria uma exposição dentro da sua sala e ficaria lá, olhando aquilo tudo e vendo se algo poderia ser revelado a ele.

Não me achem antiquada, estou apenas satisfeita com o que vivo. Muito satisfeita. E sou do tipo que gosta de simplificar tudo. Não tenho necessidade e nem tempo a perder com tanta poluição visual.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PEQUENA HOMENAGEM A UM GRANDE HOMEM


imagem da internet

Passei tanto tempo sem a luz de uma vela que aprendi a encontrar alfinetes na escuridão.
(Grande Otelo)

domingo, 9 de fevereiro de 2014

AS DIFERENTES FORMAS DE SER...




Estive pensando sobre as diferenças individuais. Isso é o  que enriquece a imensa trama de tecido humano de que nosso mundo é feito. Essas diferenças é que fazem a liga, que gera atritos necessários para servir de combustível à continuação da vida. Sim, pois o homem não saberia viver sem se atritar. A paz é impossível enquanto não atingirmos o estado que transcenda a mente. A mente é o veneno necessário, a pimenta que representa a dinâmica que faz a engrenagem funcionar. Um mundo ideal não é para este planeta. Viemos aqui para aprendermos a tolerar as diferenças e aprender com a experiência. Só que tolerar não significa absorver para si. Melhor será refletir sobre o quanto o outro é diferente de nós, parar um pouco para uma breve reflexão em que caiba a pergunta: vale a pena eu ser assim também? Caso a resposta seja sim, imediatamente começar o processo de absorção de certas qualidades que fariam bem a mim. Caso a resposta seja não, serei grata por ter tido a capacidade de captar isso sem precisar me envolver.

Acabei de perceber que não quero absorver certas "qualidades" de pessoas que são:

1 - avoadas
2 - infantis (depois dos 30 anos)
3 - falsas
5 - agressivas
6 - avarentas

No momento é o que me faz dar marcha a ré. Não dá para me relacionar com quem cultiva essas ervas daninhas. Mas isso não é problema. Sempre haverá alguém que precisa passar pela experiência. Eu já estou fora. Tive minha dose!

Digam aí, meus queridos leitores, caso desejem, o que faz parte da lista de vocês?

Pretendo fazer, também,  uma lista daquilo que mais me agrada nas pessoas. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A UMA HEROÍNA DESCONHECIDA



April Sunrise on Ilesboro Road

Tenho vergonha de me sentir desanimada por estar dependente de muletas, sem sair de casa, por  2 meses inteiros, fora os 20 dias em que, sem saber que havia fraturado o colo do fêmur, andava mancando com muita dor.

Nessas circunstâncias vejo que ainda sou privilegiada, mesmo considerando a situação precária em que me encontro, sem poder sair de casa, dependendo do filho mais novo que mora na mesma cidade, para me trazer compras do supermercado, remédios, etc. As coisas que costumava fazer (e fazia muitas...) ficaram todas para o futuro, quando espero voltar a  fazê-las.

Na sala de espera de um laboratório de exames médicos, onde fui fazer uma cintilografia óssea, tive uma experiência que veio sob encomenda para mim. Vi uma moça de uns 35 anos, muito gorda, alta, cabelos bem compridos presos num coque, vestida com um macacão de seda florida "tomara que caia", acompanhada de um tio, conversando normalmente sobre a doença dela. Ela tem Mal de Hodgkin e câncer linfático, que já havia produzido massas de tumor  nos pulmões , axilas, pescoço, etc. Ia fazer a primeira sessão de radioterapia, sabia que ia perder todo o cabelo (a enfermeira já havia orientado), e conversava alegremente pedindo opinião a nós, na sala (eu, meus dois filhos e o tio dela) se devia fazer uma peruca com seus longos cabelos. Isso teria que ser feito rapidamente, pois, após a radioterapia, o cabelo ia como que "fritar". Então seria bom cortá-lo bem curto e aproveitar seu próprio cabelo.

O que me impressionou foi o estado de espírito alegre, sempre alto astral dessa mulher que está com doença gravíssima e de prognóstico nada favorável.

Fiquei com vergonha de às vezes me sentir pra baixo só por estar impedida de ter minha vida independente, fazendo tudo o que fazia, sem muitas restrições, apesar de pela própria idade, minha saúde já me força viver com um certo controle (sou diabética e isso me obriga a uma vida bem controlada).

Quero dar os parabéns à minha heroína desconhecida a quem desejo o milagre da cura. Já vi milagres acontecerem (inclusive comigo) e peço com muita força que o Criador possa atuar a favor dessa mulher corajosa que irradia luz para todos os que a circundam!