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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Little Prayer





Oh! Deus
Tu és elegantemente 
Soberano
Porque não apareces
Mas dás todas as dicas
Para que Te encontremos.



O divino, o transcendental, em resumo - Deus - operam no silêncio. Posso constatar isso agora, enquanto lavo a louça da janta de ontem, envolta em silêncio aconchegante e ouvindo a algazarra vindo de alguma casa perto de onde moro. Com certeza uma família reunida em época de festas tem muito o que falar, o que discutir, comentar, e sobram risadas em alto som para confirmar isso. 

Nesse instante senti que a presença de Deus (para resumir o que quero chamar de metafísico, espiritual) opera no silêncio. É como a germinação de uma planta, a concepção de um ser vivo, animal ou humano, sempre acontecem no silêncio e no escuro. É lá que a vida pode acontecer. É lá que o milagre se inicia.  

E é nesse silêncio abençoado que mais me encaixo neste mundo. Não fui feita para grandes ajuntamentos, conversas em altos decibéis, choques de palavras atiradas de forma inconsequente. Prefiro a companhia dos que não me ferem a alma. O barulho sempre me incomodou. O som alto sempre me agrediu. Gosto da suavidade captada no ar. Isso alimenta minha alma.

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